A Letônia adota um sistema de saúde de modelo universal, administrado pelo Serviço Nacional de Saúde (Nacionālais veselības dienests – NVD), criado em 2011. Financiado majoritariamente por impostos gerais, o sistema oferece cobertura quase total à população, incluindo cidadãos e residentes permanentes. No entanto, apesar da gratuidade básica, muitos procedimentos exigem copagamentos dos pacientes, o que limita o acesso pleno aos serviços.
Cerca de 61% dos gastos com saúde são financiados publicamente — um dos índices mais baixos da União Europeia —, fazendo com que grande parte dos custos recaia sobre os próprios cidadãos. Essa realidade gera dificuldades de acesso para pessoas de baixa renda e longas listas de espera, especialmente para tratamentos especializados.
Nos últimos anos, o país passou por reformas para otimizar a estrutura hospitalar, priorizando atendimentos ambulatoriais e ações de prevenção, com foco em combater doenças crônicas, obesidade e o tabagismo. Ainda assim, as desigualdades socioeconômicas influenciam significativamente a qualidade e a continuidade dos cuidados recebidos.
Para estrangeiros e expatriados, é altamente recomendável a contratação de um seguro de saúde internacional, pois o acesso ao sistema público pode ser restrito. Já os serviços privados — mais modernos e com atendimento em inglês — estão concentrados nas principais cidades como Riga.
Apesar dos desafios, a Letônia segue avançando em direção a um sistema de saúde mais eficiente, com atenção especial à prevenção e à modernização do atendimento médico.